
A las cinco en punto de la tarde
Procuro meu relógio
E os poetas que nunca li
Quanto tempo ainda terei para não os ler?
Do relógio de bolso que meu pai me deixou
Os ponteiros se descolaram
Boiam atônitos sob o tampo de vidro
Em zênite, a oito minutos-luz, aproximadamente
sobre pilha de mortos que não serei
O sol me diz que não há mais tempo
Resta ainda, uma vida
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